Estive só,
em todos os momentos
de medo.
Estive só,
cresci só,
e passei só pelo medo.
Desde criança,
até agora,
nunca pude dizer
que tinha medo.
Tive que ser forte,
tive que fazer de conta
que o medo não existia.
E continuo só.
Mas, deixei de ter medo.
Aceitei que,
por mais medo que tenhamos
ninguém passa em vez de nós,
por aquilo que, só a nós,
está reservado.
Estive só no medo.
E agora, o medo está só,
sem mim.
Continuo só. Mas, já não tenho medo.
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