Quem me dera poder
voltar atrás, à inocência,
em que um olhar, um toque,
um suave roçar de pele,
fazia toda a diferença,
e as entranhas pulavam suavemente,
sem saber porquê ou por que não,
fazendo o sangue correr
a fervilhar...em doce,
em doce e belo turbilhão.
Quem me dera lavar a Alma
e ser de novo,
aquela que esperava ansiosamente,
com esperança doce e inocente
a Vida que se via
brilhando lá no horizonte.
Se eu oudesse apagar
as coisas feias,
os dias tristes e as noites negras
de solidão,
os medos, os pesadelos, o sofrimento...
Feliz inocência é a ignorância
de uma Vida cheia de perdão.
Pudera eu voltar atrás,
recuperar minha alegria,
não estaria escrevendo neste dia,
poemas tristes,
beirando a desilusão.
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