Se realmente me conhecessem,
jamais veriam aquilo que vêem em mim,
pois não sou nada daquilo que pareço.
Se o mundo realmente me conhecesse
saberia que a alegria que demonstro é fabricada,
que cada palavra é pensada,
por forma a causar o menor dano possível
em quem a ouve.
Se as pessoas realmente me conhecessem
saberiam que meus olhos nunca riem
que minhas lágrimas nunca saem
e que minha tristeza é a batalha mais dura
a que alguma vez fui submetida.
Se tu realmente me conhecesses
saberias que o brilho desapareceu,
que as lutas me derrubaram
e que as desilusões me maltrataram
a tal ponto, que não existe já quase nada de mim.
Saberias que a tristeza é cansaço,
que o dia-a-dia é rotina,
e que a minha solidão
é o que resta a alguém que nunca é compreendido.
Por isso, é preferível que, realmente, ninguém me conheça.
Olá Anabela,
ResponderEliminarMas eu acho que a conheço um pouquinho. E sei que a Anabela é uma pessoa muito querida e muito sensível. As pessoas muito sensíveis nem sempre são as mais felizes, não é? Mas não é importante demonstrar alegria fabricada, para que os outros não se preocupem connosco. Deixe lá os outros. O importante é encontrar a alegria dentro de nós, e por nossa causa, para nosso bem estar próprio. As lutas que derrubam, também ensinam tanta coisa! Temos é que nos levantar depois da luta, e retomar caminho. Sacudir a tristeza para longe, que é péssima para a pele, e meter pernas a caminho da felicidade, esteja ela aonde estiver, com quem estiver.
Os seus versos estão lindíssimos!
Muitos beijinhos da amiga,
Glória