Oiço a chuva cair e penso em mais um ciclo de Vida que se renova. A Terra parece adormecer, para descansar dos longos dias de Verão, em que tinha que se manter acordada noite fora.
Há algo de reconfortante na chuva. Algo que talvez nos recorde o aconchego do útero materno, onde nos sentíamos protegidos. Há tempo para tudo. Há necessidade de tudo.
Assim como sentimos a falta da luz e do calor do sol, necessitamos do aconchego e do recolhimento da chuva... No fundo, no fundo, a Terra e a Humanidade fundem-se, em ciclos de Vida, em estações, em segmentos que se completam, formando um todo.
E hoje, estou assim... Recolhidinha mo meu canto, ouvindo a chuva cair, agradecendo aos céus por ter um tecto, por estar protegida, e por poder dar-me ao luxo de divagar... Embora ao divagar esteja somente tentando viver, da melhor maneira que me é possível.
Agradeço o estar viva. Agradeço as coisas boas e as pessoas fabulosas que Deus vai acrescentando à minha Vida. Agradeço pela Vida dos que amo, dos que conheço e dos que não conheço, também....
Porque quando chove, chove para todos. Porque o céu é o mesmo para todos, e porque, na realidade, compartilhamos todos este planeta, este espaço de Vida no Universo. Somos todos vizinhos, irmãos, companheiros de jornada, só que sem nos darmos conta.
Está a chover.
Oiço a chuva cair e apetece-me ir dormir. E dar lugar a novos ciclos de Vida.
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