sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Introspecção




Há quanto tempo já, não me permito olhar para dentro de mim? Sei lá! Só sei que vai há já muito tempo. Penso que tenho medo daquilo que possa encontrar...

Ás vezes sinto sinais dos traumas, das horas de ansiedade que jamais se ultrapassam... Mas, depois, sacudo os cabelos (sim, porque agora já tenho cabelos) e atiro tudo para trás das costas. Esse "atirar" é momentâneo, passageiro. É como sacudir uma mosca que teima sempre em voltar...

Hoje, espreitando um bocadinho para dentro de mim, continuo a ver, lá no fundo, as recordações tristes, os sofrimentos atrozes, as vozes da diferença, a tristeza escondida, e acima de tudo, continuo a ver o medo, que me olha, bem lá do fundo, com seus olhos esbugalhados... de medo!

A minha Vida já deu muitas voltas, já travei muitas lutas, perdi muitas batalhas, ganhei outras tantas... Conheci guerreiros maravilhosos, pessoas que irei conservar no coração para sempre. Mas, ultimamente, tenho sentido que perdi o meu sentido. Sinto-me confusa, embrenhada em batalhas que não são minhas, que me desgastam e me sufocam. Estou a perder o Norte, e resolvi escrever hoje aqui, para que este texto seja um registo para mim, para que ao lê-lo, eu consiga encarar-me, perceber-me e curar-me... assim como a minha Alma.

A todos quantos vêm aqui, e que me alegram sempre pelas visitas, queria deixar o meu muito obrigado, pois a existência deste blog, permitiu-me curar muitas feridas.

Obrigada por existirem. Obrigada por estarem aí. Convosco deixo toda a minha gratidão.

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