VOLTAREI sempre...

Voltarei sempre
que tua Mão assim mo mandar.
Voltarei sempre...
Ainda que sinta vontade
de jamais te deixar,
pois estar ao Teu lado
é como nunca sair do sol,
é como viver perto do mar,
sentindo a brisa quente do Verão
em meu rosto!

Voltarei sempre...

Sei que tenho que mudar.
Sei que tenho que trilhar
meu caminho rumo à perfeição...
Ainda que isso implique voltar,
uma vez, e outra e outra...

Voltarei sempre...

Aprendrei, crescerei, e depois,
diminuirei para caber em teu âmago,
para ser tua milionésima parte,
e finalmente conseguir ser feliz!


Por isso, e por tudo o resto,
Voltarei sempre!...

A verdadeira VERDADE

Busquei no Mundo,
aquilo que só Céu poderia dar-me.

Martirizei-me por me achar
diferente dos outros, da sociedade.

Anulei-me, porque não acreditei
que uma "formiga" pudesse mover uma montanha.

Aniquilei-me por sonhar
com um Mundo diferente deste
em que não consegui enquadrar-me.

Hoje percebo que ambos os Mundos existem:
aquele em que vive o meu corpo,
e aquele ao qual minha Alma almeja.

Não há distinções, nem separações...
Há tão somente a simbiose
entre o ter e o ser, entre o ver e o sentir...

E sinto que a Paz que esta descoberta me trouxe,
foi a maior dádiva de Deus a esta pequena "formiga",
que enquanto lhe for permitido
tentará mover a montanha do preconceito
espalhando aos quatros ventos a VERDADE.

É que DEUS existe em cada um de nós.

E não importa se se acredita ou não.
Não nos cabe sermos maiores que as Leis da Vida.
A crença é uma coisa. A VERDADE é para sempre.

Obrigada Senhor, pelo meu caminho,
tortuoso, difícil, cheio de quedas, de desânimos...
Só assim percebi que jamais estive só,
e que a cada obstáculo ultrapassado
tive a felicidade de VER um pouco mais
da tua (e)terna LUZ.

Andar e Diminuir...

Tenho andado por aí,
aprendendo, observando...
Caindo, levantando, voltando a cair...

As ausências minhas são
o tempo do aprendizado,
o tempo do cair e levantar,
do progresso, do retrocesso,
em que não vale a pena passar
mensagem de desalento,
nem tão pouco ocupar
o alheio pensamento,
com meu instável caminhar.

Assim, testemunho aqui,
que quando intentamos andar,
melhor será não falar,
pois tendemos a achar
que somos vítimas triste
de um Destino sem par...

Como é bom exagerar,
e sentir que os outros sentem
compaixão por nosso Ser.
Mas, é no vagaroso andar
que procuro dentro crescer,
para por fora diminuir,
e no fim, nada mais ser,
que grão de areia,
voando, solto ao vento,
numa praia barulhenta,
de ondas, de sons e de mar,
onde espero, que um dia,
Deus me permita finalmente
talvez, em silêncio, no meio do turbilhão,
minha Alma descansar.