Tenho andado por aí,
aprendendo, observando...
Caindo, levantando, voltando a cair...
As ausências minhas são
o tempo do aprendizado,
o tempo do cair e levantar,
do progresso, do retrocesso,
em que não vale a pena passar
mensagem de desalento,
nem tão pouco ocupar
o alheio pensamento,
com meu instável caminhar.
Assim, testemunho aqui,
que quando intentamos andar,
melhor será não falar,
pois tendemos a achar
que somos vítimas triste
de um Destino sem par...
Como é bom exagerar,
e sentir que os outros sentem
compaixão por nosso Ser.
Mas, é no vagaroso andar
que procuro dentro crescer,
para por fora diminuir,
e no fim, nada mais ser,
que grão de areia,
voando, solto ao vento,
numa praia barulhenta,
de ondas, de sons e de mar,
onde espero, que um dia,
Deus me permita finalmente
talvez, em silêncio, no meio do turbilhão,
minha Alma descansar.
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