terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Às memórias...



Escondem-se no tempo
as memórias de uma Vida,
cheia de de eventos...
E falando com a idosa,
aprendo a aceitar
a passagem da existência.

Seu sorriso, suas rimas,
seus olhos sempre a brilhar,
deixam-me sempre a pensar
como se passa uma Vida
tão bonita e tão sofrida,
sem qualquer amargor,
sem recordação ressentida.

Em seu contar conheço mundos,
tão triviais e mesmo assim invulgares...
Como é possível queixarmos-nos
de um caminhar tão sereno,
comparado com uma existência
onde imperava o medo??

Novos hoje, velhos de amanhã,
que recordações teremos
para aos mais novos passar?
Será que sorriremos,
como a vejo sorrir?

Teve Vida abençoada,
com desgostos e tristezas,
com alegrias e segredos..
E agora ao recordá-los
com leve e serena saudade,
pede que Deus a leve
logo que possa para a Eternidade...

Lá tem a filha esperando,
e o marido também,
e a avozinha querida que lhe serviu de mãe...

Não sou eu que cuido dela,
pois é ela que me ensina a mim
como devemos viver,
todas as fases da Vida,
com sábia aceitação...

Por isso, aqui lhe deixo,
em jeito de gratidão,
estas parcas palavras...

Pois tenho plena certeza,
que as rimas por ela recitadas,
são palavras bem mais acertadas
que esta breve citação...



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