domingo, 23 de setembro de 2012

CICLOS


Está a chover. 

Oiço a chuva cair e penso em mais um ciclo de Vida que se renova. A Terra parece adormecer, para descansar dos longos dias de Verão, em que tinha que se manter acordada noite fora.

Há algo de reconfortante na chuva. Algo que talvez nos recorde  o aconchego do útero materno, onde nos sentíamos protegidos. Há tempo para tudo. Há necessidade de tudo. 

Assim como sentimos a falta da luz e do calor do sol, necessitamos do aconchego e do recolhimento da chuva... No fundo, no fundo, a Terra e a Humanidade fundem-se, em ciclos de Vida, em estações, em segmentos que se completam, formando um todo.

E hoje, estou assim... Recolhidinha mo meu canto, ouvindo a chuva cair, agradecendo aos céus por ter um tecto, por estar protegida, e por poder dar-me ao luxo de divagar... Embora ao divagar esteja somente tentando viver, da melhor maneira que me é possível.

Agradeço o estar viva. Agradeço as coisas boas e as pessoas fabulosas que Deus vai acrescentando à minha Vida. Agradeço pela Vida dos que amo, dos que conheço e dos que não conheço, também....

Porque quando chove, chove para todos. Porque o céu é o mesmo para todos, e porque, na realidade, compartilhamos todos este planeta, este espaço de Vida no Universo. Somos todos vizinhos, irmãos, companheiros de jornada, só que sem nos darmos conta.

Está a chover.

Oiço a chuva cair e apetece-me ir dormir. E dar lugar a novos ciclos de Vida.


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