terça-feira, 15 de novembro de 2011

A VISTA da minha janela



Quando olho
a chuva que cai
e o vento que gira
em torno das árvores despidas,
penso em como estará
aquele mar que adoro e amo,
com ondas revoltas,
sem qualquer controlo
e que me faz sentir pequenina
e desejosa de teu braço forte
apoiando minha caminhada,
rua acima, rua abaixo,
onde me mostras o cenário
onde se passa tua Vida.

Nestes dias, sempre encontro,
'inda que por ténue momento,
algum conforto, algum alento...

Basta pensar que, ao longe,
consegues ouvir esse mar,
rugindo, berrando, gritando,
que está na hora de mudar.

A mudança será nossa,
se assim o quiseres, se o desejares...
Claro que não basta a chuva,
e o vento revolto
para que te lembres de mim.
Não faz mal.
Mesmo assim, sinto o calor do sorriso,
das palavras a conta gotas,
e da vontade de me fazeres feliz.

Tudo terá seu tempo um dia.
Até lá, olho pela janela,
vejo as árvores molhadas,
com as folhas arrancadas
e consigo imaginar o ruído das ondas
batendo na areia dura...

É quanto basta para ter força
para continuar a caminhar,
em rumo incerto, um pouco perdido até,
mas que me traz de volta a mim.

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